1. O que a Bíblia diz sobre isso?
Em primeiro lugar, sabemos que: “Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as
coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” I Coríntios 6:12. Sendo assim, somos livres para escolher, porém a vontade de Deus está acima da nossa, que diz: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;” I Pedro 1:15
Para
quem vive de maneira desordenada, de qualquer maneira, se dizendo
cristão, mas em nada se separando deste mundo, está num caminho de dor e
morte: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Hebreus 12:14; “A
religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulaçöes, e guardar-se da corrupção do
mundo.” Tiago 1:27; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Provérbios 14:12
Vejamos,
portanto, o que a Bíblia fala especificamente a cerca dessas músicas. A
Palavra nos mostra que a música era usada em várias ocasiões:
- Para se emocionarem (Jó 21:12; Mateus 11:17);
- Nas despedidas (Gênesis 31:27);
- Nas saudações (Juízes 11:34);
- Nos funerais (Mateus 9:23);
- Nas comemorações (Lucas 15:25);
- Nas bebedices (Isaías 5:12)
- Na idolatria (Daniel 3:5; 5:15) etc.
Essas
passagens que acabamos de ver citam músicas profanas. As chamo dessa
forma por não ter propósito, a não ser, emocionar a alma. Você pode ver
em algum dos casos acima a música saindo da boca de um servo de Deus?
Com certeza não, porque o servo de Deus não está interessado nesse tipo
de música.
O rei Salomão, quando estava no auge de seu reinado,
deixou a sabedoria divina de lado e caiu na soberba do “NÃO TEM NADA
HAVER”. Ele foi buscar alegria emocional através de várias coisas e uma
dessas foi a música secular, mas ele só teve decepção espiritual.
Vejamos:
“...provi-me de cantores e cantoras, e das delícias
dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a espécie... E
olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, ... e eis que
tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia
debaixo do sol.” Eclesiastes 2:8,11
Outro exemplo que
temos de música profana está em I Samuel 18:6. Quando Davi vence uma
batalha, várias mulheres saem nas ruas cantando que ele era mais
poderoso que o rei Saul. Trato isso como uma música secular, pois o
verdadeiro motivo daquelas canções não era homenagear Davi, mas sim,
desprezar o rei, ou seja, a autoridade que Deus levantou. Essa música
trouxe uma consequência terrível sobre a vida de Davi, pois a partir
daquele momento ele foi terrivelmente perseguido por Saul.
A
Bíblia profetizou que a Babilônia seria destruída enquanto cantasse e
não perceberia (Isaías 14:11). Assim aconteceu: numa noite, enquanto
todos festejavam e se alegravam nas bebidas, o inimigo medo-persa
invadiu a fortaleza e destruiu o império babilônico para sempre (Daniel
7:1,4,30,31). A Grande Babilônia do Apocalipse também um dia será
destruída e sua música cessará (Apocalipse 18:22).
2. A Influência da Música na Mente Humana
A música é uma arma, pois é capaz de estimular todos os tipos de sentimentos e emoções.
O
ouvido humano tem um limite para captação de sons conscientes, mas
vibrações abaixo e acima destes limites podem ser captadas
inconscientemente provocando efeitos na atividade psíquica ou mental das
pessoas, tais como dores de cabeça, sensações de mal-estar, medo,
agitação, melancolia, renúncia, entusiasmo, angústia, excitação ou uma
calma aparente. Isso se trata de uma harmonia da ordem de 30.000
oscilações por segundo que causam a produção de uma substância, pelo
cérebro, com efeito semelhante ao das drogas. Trata-se de uma droga
natural produzida pelo cérebro humano.
Os sons são muito usados,
por exemplo, no cinema para se conseguir um estado alterado de
consciência ou para se conseguir o efeito desejado em determinadas cenas
(de amor, terror, drama etc.), semelhante à hipnose.
Uma tática
militar revela a eficiência dos sons: O conjunto matematicamente
combinado dos sons das botas batendo cadenciadas no chão, das vozes de
comando, dos “gritos de guerra” e das batidas ritmadas dos cassetetes
nos escudos fazem com que um pequeno pelotão represente em quem ouve
algo muito mais ostensivo do que a situação real. Conclusão: Um
contingente pequeno de soldados bem treinados pode dispersar uma grande
manifestação de massas, com milhares de pessoas. Juízes 7:19-22
E
não para por aí. Depois de ouvir determinadas músicas repetidas vezes,
produz-se um impulso a realizar o que foi “ordenado”. Daí surge a
vontade de brigar, chorar, se suicidar, ajudar, se drogar, se
prostituir, se rebelar, idolatrar etc. Assim, a música pode moldar o
caráter e, portanto, trazer destruição espiritual. A diferença entre uma
música e outra está nos efeitos (bons ou ruins) que ela pode produzir.
Chamamos isso de mensagens subliminares, que entram na nossa mente de
contrabando, como um vírus de computador que fica oculto, e só é ativado
na hora certa. O pior é que elas estão em todo lugar!
A música é
capaz de transformar sociedades inteiras. Quando retrocedemos na
história antiga, vemos a música no contexto dos povos vencedores. Não só
a música, mas a inovação da arte, seja ela na literatura, pintura,
cinema etc. é seguida de transformação na política e na moral de um
determinado povo.
3. A Origem da Música Profana
É
claro que Deus não criou os sons para prejudicar o homem. Tudo o que
vem de Deus é bom (Tiago 1:17) mas Ele nos impôs certos limites desde o
início (Gênesis 2:16,17). Se soubermos aproveitar o que Deus criou para
nós, seremos felizes, mas o Inimigo não quer isso. Ele tenta perverter
tudo o que Deus criou (Mateus 13:19; Lucas 4:6; Atos 5:3; Efésios 2:2;
II Coríntios 2:11; 4:4; II Tessalonicenses 2:9). E pelo que a Bíblia nos
faz entender, o Adversário conhece muito mais do que nós pensamos sobre
música. Vejamos:
“Tu eras o selo da medida... em ti se faziam
os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram
preparados... Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci;
no monte santo de Deus estavas...” Ezequiel 28:12-14
Ele foi
criado em meio à música celeste, era responsável em aprovar o louvor que
os seres celestes davam a Deus e, por ser especialista em música, sabe
como contagiar vidas nesse meio. Foi essa uma das estratégias que ele
usou para afastar o homem de Deus desde a Antiguidade:
“E saiu
Caim de diante da face do SENHOR... e ele edificou uma cidade... Jubal;
este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão...” Gênesis 4:16,17,21
A
família de Caim foi uma família que, como ele, se afastou do Senhor e,
para passar o seu tempo de vida aqui na terra se distraindo, inventou
instrumentos musicais. Foi uma das armas que o Inimigo usou para que o
homem vivesse aparentemente feliz e não precisasse se voltar para Deus.
Sendo assim, podemos afirmar que a música pode ter procedência divina,
humana e até satânica:
I - Deus criou todas as coisas, inclusive o som, e, consequentemente, as notas musicais (Neemias 9:6).
II
- O homem não cria nada, mas recebeu a missão de cuidar de tudo o que
Deus criou. É ele que organizou as notas musicais, fez os instrumentos
e, assim, tem a capacidade de inventar ritmos, a melodia e a letra.
III
– O Maligno também não pode criar nada, mas pode usar da música para
influenciar a sociedade e dominar a mente humana (João 13:2; Mateus
13:38,39; Efésios 4:27; II Coríntios 11:3,14). Ele é quem conhece muito
mais do que o homem o poder que tem a música na mente humana.
Sabendo
de tudo isso, temos que vigiar e analisar o que estamos ouvindo e
cantando, pois, sem perceber, podemos estar deixando o Diabo trabalhar
em nossa mente através de mensagens subliminares nas músicas. Citemos,
por exemplo, as três culturas musicais brasileiras:
I -
Indígena - Ligada a cerimônias do cotidiano tribal, como invocação aos
mortos, magia, adoração a deuses da natureza, como sol, vulcão, Tupã
etc. Quem compõe pela inspiração dos “espíritos” é o pajé, em transe, ou
um forte guerreiro, em sonho. Incentivam também a briga e o uso de
drogas.
II - Européia - Os colonizadores portugueses trouxeram a
música católica, venerando os “santos”, rezando missas aos mortos,
misturando culturas para ter mais adeptos e, junto com a tradição
européia dos desfiles das bandas musicais do exército, propagou as
procissões que se tornaram hoje os desfiles das escolas de samba no
Carnaval, a maior festa profana do Rio de Janeiro. Incentivam a vida
religiosa hipócrita.
III - Africana - Os escravos africanos mantêm
a música marcada por uma forte energia rítmica e percussiva em seus
ritos religiosos, onde se invoca espíritos malignos, realizam rituais de
sacrifícios etc. Trouxeram também para o Brasil a cultura de “curtir” a
noite de sexta-feira, o dia santo para os muçulmanos. Incentivam a
feitiçaria.
Essas três culturas colaboraram para que
surgissem os muitos estilos musicais brasileiros. Depois de todo esse
comentário deixo a minha pergunta a todos os milhares de músicos,
instrumentistas e cantores salvos por Cristo Jesus: Será que a Igreja do
Senhor não é capaz de, com a ajuda de Deus, fazer seus próprios estilos
musicais, visto que a natureza é um campo tão vasto e quase infindável?
Será que realmente temos que plagiar tudo o que o mundo impõe?
4. Deus Aceita Tudo que Ofereço a Ele?
* Êx 30:7-9 - O incenso deveria ser aceso no altar de holocausto. Se viesse de outro local, era fogo estranho.
*
Lv 10:1-3 - Nadabe e Abiú tinham boa intenção, mas o fogo era estranho.
Veio de outro lugar e não de onde Deus queria. Eles foram fulminados!
Então,
quer dizer que nem tudo que é oferecido a Deus, vem de Deus? Exatamente
isso. Devemos analisar o que estamos oferecendo a Deus em nossos
cultos. Se estivermos oferecendo algo que tem procedência mundana ou
diabólica, Deus não vai aceitar e corremos o risco de morrermos
espiritualmente.
5. Selecionando o que Ouvir
Portanto,
cuidado jovem. Cuidar da sua vida espiritual é muito importante. Não
podemos nos misturar com aquilo que não glorifica a Deus. Esse tipo de
música só nos faz perder o desejo pela Palavra, pela oração e pelo
Reino.
“... abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente.” Tito 2:12
Tiago 4:4; Mateus 24:38,39; I João 2:15,17.
Quando prestamos nossos ouvidos ou nossos lábios à música do mundo, estamos nos associando com o mundo e nos afastando de Deus.
Nossos lábios devem ser usados para produzir cânticos que venham de Deus e tenham objetivos sadios (Salmos 22:25).
Salmos 87:7 nos diz: “E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão: Todas as minhas fontes estão em ti”. De onde tem vindo a nossa fonte de adoração?